quinta-feira, outubro 24
Na época da Copa do Mundo, andei externando meus instintos belicosos a respeito dos sopradores de corneta, praga que pela rápida propagação mostrou-se pior do que erva daninha. Não houve contemplação, abracei o radicalismo e exigi pena capital. Agora encontrei um novo alvo para a minha bílis. Há alguns dias meu pensamento tem se voltado para o filme Fahrenheit 451 do François Truffaut. Mais especificamente para a guarnição de bombeiros encarregada de incinerar qualquer obra impressa que for encontrada; o governo totalitário acusa os livros de prejudiciais à felicidade do homem. Penso em utilizar o mesmo princípio, só que as vítimas seriam os aparelhos de karaokê. Recentemente um morador do prédio dos fundos foi o anfitrião de um convescote que reuniu seu círculo de amizades. Após se empaturrar com doces e salgados, beber cerveja em copo de geléia de mocotó e vomitar no carpete, a patuléia resolveu se divertir com o karaokê, certamente trazido do Paraguai por algum amigo sacoleiro. A algaravia resultante poderia ser comparada a de um porco sendo esquartejado enquanto molesta sexualmente um teclado de churrascaria. Cumpra-se a lei: aparelhos de karaokê me deixam infeliz, portanto, lança-chamas neles! Em caso de resistência, nos proprietários também!
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